Qual é desse cara?

 

A pergunta está em terceira pessoa, mas na verdade é pra mim mesmo. Mano, qual é a minha? Há situações que nos colocamos e ficamos felizes com migalhas de atenção e fagulhas de um distante sentimento. E sabe o que é foda? É tudo plenamente consciente, um ciclo difícil de quebrar, doloroso, mas necessário.

Conheci um cara, mas não é bem um relacionamento. Rola algo esporádico, ele também bi, e é bom pros dois. Mas acho que tô me envolvendo mais, e essa merda a gente não controla; e claro, pra ele é impensável algo além do que tem rolado; apesar de eu nunca ter dito nada. E também não tenho a intenção.

E foi aí que me meti, nessa coisa de querer que ele sentisse o mesmo por mim, acabei sendo ignorado, esnobado, sem ser levado a sério. E mesmo assim estava lá, na esperança de ter o mínimo de atenção. Todo dia. Madrugadas esperando a resposta da mensagem, ‘se ia me encontrar ou não’, a resposta do ‘qualquer coisa te aviso’, ou lendo a desculpa do ‘foi mal, bebi muito e fui dormir’.  

A sintonia, quando estamos juntos, é massa pra caralho. Mas vale a pena viver assim, dessa forma, pra ficar revivendo esses momentos bons? Não, não vale. E eu sei que não vale. Por mais difícil que seja, um homem precisa tomar uma decisão: e já tomei a minha. O tal do amor próprio tem que vir em primeiro lugar, parceiro.


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