Mudar a aparência muda como somos vistos

Ok brothers, já falei sobre aparência aqui e até onde podemos chegar para atingir o padrão ideal de beleza, seja para homens ou mulheres. Mas o diferencial desse texto é que não estou abordando procedimentos drásticos, como o uso de anabolizantes, de cirurgias ou demais intervenções invasivas e artificiais. Eu discorro sobre o básico, que qualquer um pode fazer, saca; o que fiz para mudar, e como isso afetou minha vida, positivamente e negativamente.

Eu tenho 1,70 de altura, hoje peso 82 kg, malho (mas não sou definido), pratico cardio, cuidado da alimentação. Sou branco, tenho cabelos e barba (fechada) pretos, e uma quantidade ‘ok’ de pelos no corpo.

De vestuário, não curto usar roupas justas, mas prefiro as que valorizam meus ganhos na academia; e cores fortes, limpas, sem detalhes. Eu tenho miopia (3 graus) e astigmatismo, por isso uso óculos a maior parte do tempo, mas também lentes de contato frequentemente.

Mas nem sempre tive esse biotipo. Até os 23 anos eu pesava 52 kg, tinha olheiras fundas, as roupas ficavam ‘sobrando pano’, tinha o rosto limpo sem barba, e os dentes tortos antes de usar aparelho. Eu usava jaqueta jeans no calor para parecer com mais peso. O cabelo alto, sem corte, também não ajudava muito o equilíbrio visual naquele corpo franzino.

Mas cara, o ponto até aqui é: naquela época eu era invisível. As pessoas não me viam, poucas tinham interesse em se aproximar para contato, amizade. Se relacionar então, era impensável. Ninguém levava a sério o que eu falava. Sempre me destaquei por se esforçado nos estudos, mas isso não ajudava muito na questão de sociabilidade; e viver assim me tornou introspectivo, reservado, calado. Tinha autoestima baixa. Não conseguia me impor.

A virada foi quando decidi mudar, quando terminei a primeira graduação. Comecei a ir à academia, tomar suplementos de proteína e carboidratos, melhorar a alimentação. Com 01 ano de treino e foco firme, comecei ver os resultados. As roupas começaram ficar apertadas, mudei meu estilo de se vestir, usei aparelho nos dentes, trabalhei oratória, dicção, e passei a ser mais confiante em me expressar, dizer o que quero e não quero. Não ter medo. Me impor. Claro que todo esse processo não foi rápido, demorou, mas foi lapidado com um tijolo por dia. Me tornei o que sou hoje.

Mas não foi só a aparência que mudou. A forma como as pessoas passaram me tratar também. Eu notei que elas passaram ser mais abertas a falar comigo, receptivas; até estranhos, em um papo informal. Fazer amigos ficou mais fácil, e o flerte também; se antes levava fora atrás de fora, passei a ser cantado por homens e mulheres, fiquei com pessoas que era afim antes de mudar fisicamente, e outras que nem se quer um dia sonhei em pegar, por achar bonitas demais pra mim.

Mas eu tive um ‘estalo’ ao refletir sobre como a aparência é importante nessa nossa sociedade. Não vou ser hipócrita, eu gostei e gosto de tudo isso que aconteceu devido a minha mudança. Mas questão é: se antes as poucas pessoas que se aproximavam de mim era por ser quem eu era, sem considerar aparência; agora, depois de ter mudado, eu sinto que conhecer quem realmente eu sou não é tão importante. Mais importante é essa casca nova, exterior, que se apresenta ‘de cara’. E parece que isso basta, para muitos e muitas. Vale pensar sobre isso.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vale a pena deixar de ser você mesmo?

Homens admiram outros homens: e não falo de gay ou bi

Temos que encerrar ciclos