Bissexualidade invalidada. De novo.

“Seis” tão ligado que a bissexualidade ainda não é compreendida (quero acreditar nisso) pela maioria das pessoas. A tendência é que elas vejam um bi como uma lésbica ou um gay mal resolvido; ou ainda, que apenas usam esse termo para suavizar a orientação sexual e ser mais aceito ou aceita na sociedade.

Fato é que em uma roda de conversa ontem, com amigos homens e mulheres héteros, um deles começou falar de um cara conhecido na cidade, que todos sabem que fica com homens. Mas o curioso,  disse a pessoa no papo, é o boato de que esse rapaz anda pegando mulher também. Todos riram. “Como assim, com aquela cara de viado vai ficar com mulher?”, disse um amigo. “Duvido também, não acredito que ‘funciona’ com os dois”, afirmou outra colega.

Sou discreto com a minha sexualidade, não saio falando, e esses amigos do meu circulo cotidiano não sabem da minha orientação. Até porque não preciso expor também. O negócio é que mais uma vez presenciei a bissexualidade sendo invalidada. E é meio foda as pessoas não se esforçarem nem ao menos pra entender.

São por situações assim que não falo muito da minha orientação, não exponho ela. Porque imagina, se eu tiver afim de uma gata e chegar nela, quando ela saber que sou bi, não vai me levar a sério, pode até me dar um fora. Com um cara, talvez role algo, mas logo também vai dizer que sou indeciso, mal resolvido.

No mais, vida que segue. A gente vai se adaptando conforme a música.


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